Por que é tão importante proteger a Natureza?
O Homem apareceu há cerca de dois milhões de anos e, tal como as restantes espécies existentes, a sua sobrevivência depende do equilíbrio do ecossistema a que pertence.
As espécies num ecossistema podem interagir através das cadeias alimentares. O desaparecimento de um elo de uma cadeia pode interferir no desejado equilíbrio do meio e colocar em perigo outras espécies.
Actualmente, o Homem é considerado o principal responsável pelo cenário preocupante de extinção de espécies que acontece no mundo selvagem. Destacam-se como principais consequências da actividade antropológica a desflorestação; a poluição; a destruição de habitats; a exploração comercial de espécies e a introdução de espécies exóticas nos ecossistemas.
Legenda:
Figura 1 - Elefantes de África
Restam apenas 400 mil elefantes de África. Todos os anos são mortos cerca de 70 mil. Apesar da legislação em vigor, o valor que os dentes de elefantes atingem no mercado é demasiado elevado para que os caçadores parem.
Figura 2 - Baleia-Azul
A baleia-azul, o maior animal da Terra, foi massacrada no século XX. Já existiram 350 mil, restam agora menos de 3 mil. Têm sido caçadas para extracção de materiais que são utilizados para fazer sabão, óleo, margarina, cosméticos e mesmo para peles de tambores.
Figura 3 - Lontra
Entre os vários factores que colocam a espécie em perigo contam-se: a poluição e destruição dos ambientes aquáticos e ripícolas, o uso de pesticidas na agricultura que afecta a qualidade da água dos rios, os atropelamentos e a perseguição directa por parte do Homem devido à concorrência pelo peixe. Para além disso, a sua pele tem um elevado valor no sector têxtil.
Figura 4 - Lince-Ibérico
O Lince-Ibérico é considerado o felino mais ameaçado do mundo, não ultrapassando, actualmente, os 100 indivíduos. Estes são classificados como uma espécie em perigo de extinção pelos Livros Vermelhos de Portugal, Espanha e UICN.
A população de lnces entrou em declíneo com a substituição das matas por culturas de pinheiro e eucalipto, com o aparecimento de doenças e com a consequente mortalidade do coelho-bravo, a sua principal presa.
Figura 5 - Tartaruga-Marinha
A poluição, as redes de pesca em que ficam presas e a procura dos seus ovos pela cozinha asiática têm reduzido significativamente o número de indivíduos desta espécie.
Figura 6 - Morcego-de-Ferradura
Segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, há nove espécies de morcegos cavernícolas (que se abrigam em cavernas e grutas)em pergio de extinção.
O desaparecimento destas espécies de morcegos deve-se à destruição dos seus abrigos, frequentemente vandalizados por curiosos.
Por serem insectívoros, são também espécies importantes no controlo de pragas de insectos que prejudicam as culturas agrícolas.
O decréscimo da biodiversidade, que pode parecer indiferente para a sobrevivência humana, afecta, directa ou indirectamente, a qualidade de vida do Homem. Para além disso, também afecta a sobrevivência das gerações futuras, que dependem da manutenção da referida diversidade biológica através da conservação dos recursos naturais e da protecção da Natureza.
Todavia, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, surgiram as primeiras organizações ambientalistas, como a LPN – Liga para a Protecção da Natureza, WWF – World Wildlife Fund (Fundo Mundial para a Protecção da Natureza), que alertaram a sociedade e os dirigentes políticos para estas questões acima referidas.
Uma outra medida tomada foi a criação de áreas protegidas, nomeadamente parques e reservas naturais, que em Portugal, no decurso das últimas três décadas, aumentou significativamente.
Portanto, tente mobilizar os seus conhecimentos e impedir que haja uma perda de aproximadamente dois terços de todas as espécies da Terra no final deste século (como indicam os estudos efectuados recentemente).
» Reflictir e discutir o que, eventualmente, cada um de nós pode fazer para combater os problemas abordados anteriormente;
» Informar-se acerca da existência de alguma área protegida e visitá-la.
* Consultar o regulamento da zona e fazer uma pesquisa sobre algumas espécies em vias de extinção;
* Organizar uma brochura em que constem, por exemplo: as características da espécie, as causas que conduziram à diminuição do número de indivíduos e quais as medidas desenvolvidas para a sua preservação.
» Informar-se acerca da existência de alguma área protegida e visitá-la.
* Consultar o regulamento da zona e fazer uma pesquisa sobre algumas espécies em vias de extinção;
* Organizar uma brochura em que constem, por exemplo: as características da espécie, as causas que conduziram à diminuição do número de indivíduos e quais as medidas desenvolvidas para a sua preservação.
E recorde que proteger a Natureza, conservando a biodiversidade é, sobretudo, assegurar a sobrevivência da nossa própria espécie. No entanto, nenhuma medida será realmente eficaz se cada um de nós não alterar as suas atitudes e rotinas diárias.